quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Pelo fim dos abusos litúrgicos

Tradução da entrevista de Mons. Albert Malcolm Ranjith Patabendige, secretário da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos:

Agência Petrus: A liberação do rito tridentino determinada por Bento XVI surgiu como um justo remédio a tantos abusos litúrgicos tristemente registrados depois do Concílio Vaticano II com o ‘Novus Ordo’…

Mons. Ranjith: “Veja, eu não quero criticar o ‘Novus Ordo’. Mas, me vem de rir quando ouço dizer, até por amigos, que numa paróquia um sacerdote é Santo pela sua homilia, ou como fala. A Santa Missa é sacrifício, dom, mistério, independentemente do sacerdote que a celebra. É importante, melhor, fundamental, que o sacerdote se coloque de lado: o protagonista da Missa é Cristo. Não entendo, portanto, celebrações eucarísticas transformadas em espetáculo com danças, músicas ou aplausos, como muito freqüentemente ocorre com o ‘Novus Ordo’”

Agência Petrus: Monsenhor Patabendige, a Sua Congregação muitas vezes já denunciou estes abusos litúrgicos…

Mons. Ranjith: “Verdade. Há muitos documentos nessa linha que, infelizmente, ficaram letra morta, terminando em gavetas poeirentas, ou, pior ainda, no cesto de lixo.”

Agência Petrus: Um outro ponto: muitas vezes se ouve homilias longuíssimas…

Mons. Ranjith: “Também isto é um abuso. Sou contra danças e aplausos no decorrer das missas, que não são um circo nem um estádio. Em relação às homilias, estas devem se referir, como salientou o Papa, exclusivamente ao aspecto catequético, evitando sociologismos e falatórios inúteis. Por exemplo, é comum sacerdotes tocarem na política porque não prepararam bem a homilia que, pelo contrário, deve ser escrupulosamente estudada. Uma homilia excessivamente longa é sinônimo de pouca preparação: o tempo ideal de uma pregação deve ser de 10 minutos, no máximo 15. Deve-se lembrar que o momento culminante da celebração é o mistério Eucarístico, sem com isto querer diminuir a liturgia da Palavra, mas salientar como deve ser aplicada uma correta liturgia.”

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Marcelo Gleiser fala sobre a verdade

Impressionante o poder de síntese deste Marcelo Gleiser (Carderno Ciência, Folha de São Paulo, 17/06/2007, grifo meu):

“Podemos especular sobre quantas dimensões espaciais existem, mas a realidade é uma só. [...] A idéia de que existem dimensões extras [...] tem um apelo que vai além do científico.”

Em apenas três linhas ele desmentiu toda a moderna horda de estúpidos metidos a cientistas:

  1. afirmando o que a ciência é: uma estabilização provisória de conhecimentos especulativos sobre a natureza; consequentemente, a ciência é meio, e não fim.
  2. admitindo que a verdade é única apesar das especulações; consequentemente, a verdade é também imutável, caso contrário não haveria progresso na ciência, isto é, uma maior aproximação da verdade, mas apenas uma corrida para acompanhar as mudanças.
  3. admitindo o caráter contingente da natureza, isto é, a existência de algo além do natural, o sobrenatural, especialmente realçado pela hipótese das múltiplas dimensões.

Fantástico! Exceto pela confusão que ele faz entre percepção e sistematização:

“Como se certificar de que nossa percepção da realidade não é enganosa? [...] Tudo depende de perspectiva e da precisão dos nossos instrumentos de medida.”

A percepção pode ser parcial mas não enganosa. Podemos não perceber o todo em um dado momento, assim como nem todos tem a capacidade de entender corretamente as próprias percepções. Entretanto, se a percepção fosse enganosa em si, no sentido de nos revelar alguma coisa falsa, não haveria progresso na ciência, pois quanto mais estudássemos mais seríamos enganados por nossas percepções, e jamais caminharíamos em direção à verdade.

O fato de perceber parcialmente, e não completamente, não gera sistemas falsos: gera sistemas provisórios que são substituídos à medida em que aprofunda-se o conhecimento do assunto.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Comunistas comedores de criancinhas?

Causava-me medo ouvir, na infância, que os comunistas comiam criancinhas. Mais tarde, na adolescência, sentia raiva dos capitalistas burgueses que chegavam ao cúmulo da baixeza inventando uma mentira tão absurda para causar medo do comunismo nos pobres e oprimidos trabalhadores.

Felizmente hoje já não sou mais tão cego assim, e qual não foi a minha surpresa ao descobrir que a frase acima não é mentirosa e deveria causar pavor e não apenas medo!

A origem desta frase é o genocídio conhecido como “Holodomor”, cometido por Stálin na Ucrânia, de 1932 a 1933, contra os camponeses que não aceitavam a imposição do regime comunista. A seguinte descrição é do artigo “El hambre como arma política” (Jonathan Wilde, tradução minha):

“O efeito foi a fome, massiva e prolongada. Morreram milhões de pessoas, simplesmente porque não tinham o que comer. O aspecto característico das crianças era esquelético e com o abdômen inchado. Conta-se que as mães abandonavam seus filhos nos vagões dos trens que iam às grandes cidades com a esperança de que alguém poderia cuidar melhor deles. Desafortunadamente, as cidades estavam inundadas de miséria e fome. Os ucranianos passaram a comer folhas, cães, gatos, ratos, pássaros e rãs. Quando isto não era mais suficiente, passaram ao canibalismo. Escreveu-se que ‘o canibalismo era tão comum, que o governo imprimiu cartazes que diziam: comer a seus próprios filhos é um ato de barbárie’ (Stephane Courtois, Livro Negro do Comunismo)”.

E como desgraça pouca para comunista é bobagem, o capítulo “A maior fome da história (1959-1961)”, do mesmo Livro Negro do Comunismo, conta o que Mao Tse Tung ofereceu ao povo chinês:

“E, como no Henan, os casos de canibalismo são numerosos (63 reconhecidos oficialmente), em especial através de ‘associações’ onde as pessoas trocam seus filhos pelos dos outros, para os comerem.

Assim, o regime comunista destruiu algo muito mais importante que a economia dos países em que desgraçadamente foi implantado: destruiu a alma desses povos. Marx, ao induzir os povos a abandonarem a religião, chamando-a mentirosamente de “ópio do povo”, não os jogou para o ateísmo, mas para o mais cruel satanismo. Fato previsível, pois o próprio Marx era um satanista.

Portanto, ninguém seja tão vil de afirmar que os comunistas não são comedores de criancinhas!

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Inscrição de uma antiga Catedral

Numa antiga Catedral de Lübeck, Alemanha, encontra-se gravada a seguinte inscrição:

Chamais-me Mestre, e não me obedeceis;
Chamais-me Luz, e não me vedes;
Chamais-me Caminho, e não me percorreis;
Chamais-me Vida, e não palpitas com Meu Coração;
Chamais-me Sábio, e não me escutais;
Chamais-me Adorável, e não me adorais;
Chamais-me Providência, e não me pedis;
Chamais-me Eterno, e não me procurais;
Chamais-me Misericordioso, e não confias em Mim;
Chamais-me Senhor, e não me servis;
Chamais-me Todo-Poderoso, e não me receais;
Chamais-me Justo, e não vos justificais;

Se Eu vos condenar, não me culpeis, só a vós culpai!

Fonte: Veritatis Splendor.

terça-feira, 15 de maio de 2007

Clóvis Rossi e o Papa Bento XVI

Em seu artigo O papa e a fuga do mundo, de 15/5/2007, o jornalista da Folha de São Paulo Clóvis Rossi mostra sua espantosa diferença de comportamento quando escreve que o também jornalista Fernando de Barros e Silva melhora a qualidade da página de opiniões da F. de S.P. ao ocupá-lo às segundas-feiras, mas escreve que “o papa empurra os fiéis para o vazio” ao mesmo tempo em que se declara católico, ainda que o papa só estivesse repetido e não inventando nada.

Que espécie de católico ataca a Igreja e elogia outro que também o faz? Estranho católico é o sr. Clóvis Rossi. A julgar pelo que escreve, ele não é católico nem mesmo nas pontas dos dedos das mãos, usados para digitar este lamentável artigo. Entretanto, tentarei analisar as demais confusões feitas no artigo, ignorando esta primeira em que ele pensa ser católico sem de fato ser.

A confusão seguinte se dá quando Rossi escreve que “não dá para o católico viver de costas para o mundo em que está imerso” como conclusão à suposta “condenação ecumênica no domingo a capitalismo e comunismo” do Papa Bento XVI. O comunismo não foi condenado por Bento XVI mas por Pio XI com a encíclica Divini Redemptoris, quando o sumo pontífice proclamou magnificamente que “o comunismo é intrinsecamente perverso”.

Certa modalidade de capitalismo foi condenada por S.S. o Papa Leão XIII com a Rerum Novarum. Mas será que Rossi a leu? Tenho sérias dúvidas, pois o que sempre foi condenado é justamente o que hoje os pseudo sociólogos, intelectuais e bobos em geral arrogam para si como análise moderna: o uso de um sistema econômico como fim em si mesmo, sem limites morais, sem compromisso com a justiça e a verdade, levando ao enriquecimento imoral e a efeitos tão desastrosos quanto inevitáveis.

“Ficaremos nas igrejas rezando à espera de que surja um novo Messias e nos aponte o caminho?” pergunta Rossi, fazendo-se de ingênuo e supondo ingenuidade dos cristãos e do Papa: “imaginar que apenas um comportamento individual -cristão e impecável- resolve os problemas é cair na ingenuidade de outra fala do papa”. Que espécie de católico acredita em outro Messias além do Filho unigênito de Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo? Rossi é qualquer coisa, menos católico, pois nenhum católico pode desconhecer o seguinte mandato de Cristo: “buscai primeiro o reino de Deus [ou seja, a salvação da sua própria alma] e a sua justiça [ou seja, a observância dos mandamentos da lei divina], e tudo o mais vos será dado por acréscimo”. Como alguém pode não acreditar nisso e ao mesmo tempo se dizer parte da Igreja que Cristo fundou sobre sua palavra e sobre São Pedro?

“Alguém acredita realmente que basta fazer essa peroração aos traficantes para que eles abandonem o tráfico e demais atividades criminosas que estão a ele inexoravelmente associadas?” pergunta novamente o ingênuo Clóvis Rossi, concluindo: “Não me parece francamente uma atitude cristã pedir que os cidadãos dêem de ombros ao ver toda a colossal violência que assola não só o Brasil, para esperar que Deus exija ‘satisfações’ dos criminosos.”

O sr. Rossi devia estar numa crise de criatividade ou então com um preguiça imensa que o impedia de pensar em algo decente para escrever, pois me parece que escreveu a primeira besteira que veio à sua cabeça. É claro que o Papa não mandou ninguém cruzar os braços. Ele nem tenta provar isso pois deve saber que não poderia. O Papa chamou a atenção daqueles que se envolveram com o tráfico para o fato de que suas almas perder-se-ão eternamente no inferno caso não mudem de vida. É pouco? Não para um católico! Mas Rossi apenas pensa que é católico. Enfim, o juízo final não substitui a justa punição que cabe aos traficantes neste mundo; muito pelo contrário: é a suma punição, que será aplicada com ou sem as punições deste mundo.

Finalmente, o que conhece o sr. Rossi da moral cristã? A julgar pelo que escreve, nada! Mas aventura-se a escrever sobre um assunto do qual não tem a mínima idéia, seguindo o mainstream e roubando um pouco da glória devida ao próprio Papa, pois, atacando o Papa, rouba-se um pouco da atenção devida a ele, não é mesmo?

“Fugir do mundo real é cômodo, mas não o modifica”. É mesmo? Então por que Rossi não pára de fugir do mundo real e estuda algo da moral católica antes de escrever baboseiras sem ter a menor noção do que faz? Quem foge do mundo é o sr. Rossi, que não entende nada de catolicismo e não faz o menor esforço para entender, nem ao menos para poder ser justo com seus leitores.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Comunhão na mão ... do sacerdote!

Os fiéis foram proibidos de receberem a Santa Hóstia nas mãos pelo Papa Santo Eutiquiano (275-283 a.D.), e o VI Concílio Ecumênico, em Constantinopla (680-681 a.D.) ameaçou os transgressores com a pena de excomunhão.

A comunhão deve ser recebida de joelhos, é claro, pois é o próprio Filho de Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo, presente em Corpo, Sangue, Alma e Divindade! Você acha pouco?

As citações a seguir corroboram, inquestionavelmente, as posturas anteriores:

“Por reverência a este sacramento [a Santa Eucaristia] nada o toca a não ser o que é consagrado; por isso o corporal e o cálice são consagrados e, da mesma forma, as mãos dos sacerdotes para tocar este sacramento.” (S. Tomás de Aquino, Summa Theologiae III, q. 82, art. 3, ad. 8)

“Na comunhão sacramental sempre foi costume na Igreja de Deus receberem os leigos a comunhão das mãos do sacerdote, e os sacerdotes darem-na a si próprios, quando celebram [cân. 10]. Com razão e justiça se deve conservar este costume como proveniente da Tradição apostólica.” (Concílio de Trento, Sessão XIII, 11-10-1551 a.D., Decreto sobre a Santíssima Eucaristia, cap. 8)

“Este método [na língua] deve ser mantido.” (Papa Paulo VI, Carta Apostólica Memoriale Domini)

“Tocar as espécies sagradas e distribuí-las com suas próprias mãos é um privilégio dos ordenados [sacerdotes].” (Papa João Paulo II, Dominicae Cenae, n. 11)

“Não é permitido que os próprios fiéis peguem o pão consagrado e o cálice sagrado, menos ainda que eles os passem uns para os outros.” (Papa João Paulo II, Inaestimabile Donum, n. 9)

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Efeitos da cultura esquerdista

O médico e escritor Carlos Alberto Reis Lima, auto intitulado “um médico envergonhado de seus colegas cultores da morte”, em seu artigo A cultura da morte (Mídia Sem Máscara, 13/abril/2007), diz o seguinte:

“Se acham que estou exagerando ao ver as esquerdas como cultoras da morte, então contem nossos mortos. No Brasil, no ano passado, tivemos 56 mil homicídios! Em 20 anos de democracia de esquerda foram mais de 700.000 assassinatos! A morte aqui já é banal, gratuita, fútil e está ficando enjoada pela repetição monótona. Assim parece à sociedade. Uma sociedade que foi treinada pela esquerda há vinte anos a ignorar esses homicídios, somente enxergando-os como culpa sua (...)”

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Resultado da liberdade homossexual

Palavras dos Drs. Paul e Kirk Cameron, na Convenção anual da Eastern Psychological Association - EPA (Filadelfia, EUA), em 23/março/2007 (v. Agência Católica de Imprensa - ACI):

“A consistência da redução na esperança de vida para quem vive a homossexualidade é significativa [...] O hábito de fumar reduz a esperança de vida de uma pessoa entre 1 e 7 anos; enquanto que a conduta homossexual na Noruega e Dinamarca a diminui em até 24 anos [...] Que justificação existe para condenar o hábito de fumar e aceitar a homossexualidade? Hoje, em todo mundo ocidental, as crianças no colégio aprendem que devem aceitar a homossexualidade e rechaçar o tabaco [...] Dada a grande redução da esperança de vida nos homossexuais, as escolas deveriam advertir forte e consistentemente às crianças inclusive mais do que se faz com o tabaco. As escolas que estão introduzindo um curriculum pró-gay precisam voltar a pensar suas prioridades.”

domingo, 1 de abril de 2007

Deseducação revolucionária

A conquista e o domínio da educação pela ideologia revolucionária marxista está chegando ao ápice com o completo escancaramento e a total falta de dissimulação dos seus “pregadores”. Segue o relato de Mírian Macedo, jornalista e mãe, sobre o ocorrido, ao qual não é necessário acrescentar mais nada:

Acabei de tirar minha filha, de 14 anos, do Colégio Pentágono/COC (unidade Morumbi - São Paulo) em protesto contra o método pedagógico “porno-marxista” adotado pela escola (...) As provas de desvio moral-ideológico são incontáveis (...) As apostilas de História e Geografia, pontilhadas de frases-epígrafes de Karl Marx e escritas em ‘português ruim’, contêm gravíssimos erros de informação e falsificação de dados históricos. Não passam, na verdade, de escancarados panfletos esquerdejosos que as frases abaixo, copiadas literalmente, exemplificam bem:

“(...) Podemos tomar como exemplo a escravidão no Brasil, justificada pela condição de inferioridade do negro, colocado (sic) como animal, pois era ‘desprovido de alma’. Como catequizar um animal? Além da Igreja, que legitimou tal sandice, a quem mais interessava tamanha besteira? (...)”

Sandice é dizer que a Igreja legitimou a escravidão. Em 1537, o Papa Paulo III publicou a Bula Veritas Ipsa (também chamada Sublimis Deus), condenando a escravidão dos ‘índios e as mais gentes’. Dizia o documento, aqui transcrito em português da época que “com authoridade Apostolica, pello teor das presentes, determinamos, & declaramos, que os ditos Indios, & todas as mais gentes que daqui em diante vierem á noticia dos Christãos, ainda que estejão fóra da Fé de Christo, não estão privados, nem devem sello, de sua liberdade, nem do dominio de seus bens, & que não devem ser reduzidos a servidão” (...)

Outro trecho informa que o “dilúvio seria enviado por Deus, como castigo às cidades de Sodoma e Gomorra”. Em Genesis (19:24), lê-se: “O Senhor fez então chover do céu enxofre e fogo sobre Sodoma e Gomorra”. Além disto, a destruição de Sodoma e Gomorra nada tem a ver com Noé e sim, com o patriarca Abraão e seu sobrinho Ló.

O mais grave é que estas apostilas, de viés ideológico explícito, vêm sendo adotadas por um número cada vez maior de escolas no País. Além das escolas próprias, o COC faz parcerias com quem queira adotar o sistema, como aconteceu este ano com o Colégio Pentágono, onde minha filha estuda desde o primário. Estas apostilas têm de ser proibidas e as escolas-parceiras e o COC têm de ser responsabilizados. É a escuridão reinante.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

“Aquecimento global” e o nível do mar

S. Fred Singer, um físico da atmosfera, professor emérito de ciências ambientais da Universidade de Virgínia, scholar do National Center for Policy Analysis, e ex-diretor do U.S. Weather Satellite Service, afirmou o seguinte ao The Washington Times, em dezembro de 2006, traduzido para o Mídia Sem Máscara em fevereiro de 2007:

“Todos os dados disponíveis mostram que os níveis do mar elevaram-se 120 metros desde o ápice da mais recente era glacial, há 18 mil anos. No milênio passado, a taxa de elevação foi de 18 cm por século – e há boa razão para que essa taxa continue até a próxima era glacial. As medições das marés em todo o mundo não mostram nenhuma aceleração no século XX, mas somente uma taxa de elevação constante.

“Como pode ser isso? Evidentemente, a elevação esperada do derretimento do gelo e da expansão dos oceanos aquecidos é largamente contrabalançada pela perda de água proveniente da evaporação oceânica e, conseqüentemente, mais acumulação glacial no continente Antártico. Portanto, um curto período mais aquecido (durando décadas ou mesmo séculos) não aceleraria a elevação do nível do mar de 18 cm por século.”

domingo, 18 de fevereiro de 2007

Santo Tomás contra os carismáticos

Não surpreende que Santo Tomás fosse contrário à Renovação Carismática, mesmo no longínquo século XIII. Na obra Meditationes ex Operibus S. Thomae, o padre D. Mézard, O. P., mostra o Doutor Angélico ensinando que não devemos ser extravagantes no culto exterior que prestamos a Deus. E isto não varia de acordo com os gostos particulares de cada um, mas é assim “por comparação à caridade” (op. cit.), pois Jesus disse: «Quando deres esmola, que tua mão esquerda não saiba o que fez a direita» (Mt 6, 3). Segue o texto (destaques meus):

“Diz o Evangelho: «eis que o reino de Deus está no meio de vós» (Lc 17, 21). Portanto, não consiste principalmente nos atos exteriores: «o reino de Deus não é nem comida nem bebida», diz S. Paulo (Rm 14, 17). Os atos interiores são como um fim que se busca por si mesmo. Os atos exteriores, porém, pelos quais o homem rende homenagem a Deus, são como meios ordenados a um fim.

“Ora, naquilo que se busca como fim, não há restrição de medida: quanto mais, melhor. Ao contrário, naquilo que se busca como meio a um fim, há uma medida proporcionada ao fim. Por exemplo, o médico quer a cura com todas as suas forças; dispensa remédios, não tantos quanto suas forças permitem, mas tantos quanto julga oportuno para a cura do paciente.

“Assim, o homem não tem restrições quanto à fé, a esperança, a caridade; quanto mais crê, espera e ama, melhor (...) Mas nos atos exteriores, é preciso que haja discrição, por comparação à caridade.”

sábado, 17 de fevereiro de 2007

A educação dos filhos

Já não existe mais educação no século XXI, pois ela foi destruída, em seus meios e fins, no século XX. O que devem fazer os pais com seus filhos neste século ateu? Gustavo Corção respondeu essa pergunta no editorial “Existem hoje educação católica e colégios católicos?” (Revista Permanência n° 76, Fevereiro de 1975, Ano VIII) quando a situação já estava caótica:

“Já que a autoridade religiosa se omite, aos pais compete zelar para que os filhos não sejam pervertidos na fé e na moral. Dificilmente encontrarão eles ainda um colégio realmente católico. Talvez seja melhor não matricularem os filhos nos colégios de religiosos, porque raro é o que ainda educa religiosamente seus alunos. Se possível, procurem um sacerdote ainda católico que prepare os filhos na catequese.

“Mas, acima de tudo, devem os pais aprofundar os seus conhecimentos religiosos para poderem, na medida do possível, transmiti-los aos filhos. Diante da irresponsabilidade dos que deveriam ser os mestres da vida cristã, cresce imensamente a responsabilidade dos pais.

“Poderão estar certos de que o auxílio de Deus não lhes faltará para tal mister. A graça de estado não lhes será tirada, já que possuem o sagrado vínculo do matrimônio, título legítimo e eficaz para recorrerem ao Pai e humildemente pedirem a Ele a proteção para os seus filhos abandonados ou pervertidos por aqueles que deveriam ampará-los na fé e salvar-lhes a alma.”

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

O dia em que o Estadão anunciou o início de uma Era Glacial

Recomendo a leitura do artigo “O dia em que o Estadão anunciou o início de uma Era Glacial”, de Eugenio Hackbart, meteorologista da empresa MetSul.

“E agora?” – diria um alarmista...

O esquerdismo

“Hoje entendo que o esquerdismo não é um ideal, uma crença, uma filosofia: é uma doença moral horrível, a substituição do senso instintivo do bem e do mal por um conjunto de artifícios lógicos que, por etapas, vão levando da mera perversão à inversão completa, à santificação do mal e à condenação do bem” (Olavo de Carvalho, O tempo dos assassinos).

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Liberalismo é igual a liberdade?

Lendo o artigo “Liberalismo: filosofia e ética”, de João Luiz Mauad, sinceramente não consegui entender como alguém pode aceitar racionalmente a seguinte definição: “Como disseram Voltaire e Immaneul Kant, quase nos mesmos termos, ‘o homem é livre quando não tem de obedecer a ninguém, exceto às leis’ ” (op. cit., 7).

Ora, é claro que isso não é liberdade: é a escravidão pela classe política, pois são os políticos que definem as leis. Todas as sociedades contemporâneas sofrem justamente esse tipo de escravidão, pois as ideologias dominam a cultura e a política.

Em verdade, o homem só é livre quando obedece à sua própria natureza racional, usa a razão para chegar ao conhecimento metafísico de Deus e reconhece n’Ele seu princípio e fim último. Abre-se assim o caminho da verdadeira liberdade, pelo qual deve-se buscar sempre ser obediente ao Criador e seguir a Lei por Ele revelada. As leis humanas só têm valor quando decorrem da Lei de Deus.

Dessa forma, o gênero humano é livre até mesmo para rejeitar a verdadeira liberdade. Porém, nesse caso, restar-lhe-ão justamente as várias formas de escravidão.