quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Liberalismo é igual a liberdade?

Lendo o artigo “Liberalismo: filosofia e ética”, de João Luiz Mauad, sinceramente não consegui entender como alguém pode aceitar racionalmente a seguinte definição: “Como disseram Voltaire e Immaneul Kant, quase nos mesmos termos, ‘o homem é livre quando não tem de obedecer a ninguém, exceto às leis’ ” (op. cit., 7).

Ora, é claro que isso não é liberdade: é a escravidão pela classe política, pois são os políticos que definem as leis. Todas as sociedades contemporâneas sofrem justamente esse tipo de escravidão, pois as ideologias dominam a cultura e a política.

Em verdade, o homem só é livre quando obedece à sua própria natureza racional, usa a razão para chegar ao conhecimento metafísico de Deus e reconhece n’Ele seu princípio e fim último. Abre-se assim o caminho da verdadeira liberdade, pelo qual deve-se buscar sempre ser obediente ao Criador e seguir a Lei por Ele revelada. As leis humanas só têm valor quando decorrem da Lei de Deus.

Dessa forma, o gênero humano é livre até mesmo para rejeitar a verdadeira liberdade. Porém, nesse caso, restar-lhe-ão justamente as várias formas de escravidão.

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